Se há “espécie” que merece o desprezo de todos é o Funcionário Público,
esse ser inútil que parasita o cidadão de bem e suga a seiva do
desenvolvimento. Assim pensam os que, ao mesmo tempo, clamam por um Estado
social e seguro, pela escola pública, pela saúde pública e por todos os demais
serviços que ao Estado competem.
Porque têm o carimbo hediondo de Funcionário Público, não são gente os
professores que ensinam e educam, desde o ensino pré-escolar ao superior, os
investigadores de renome internacional, os especialistas nas mais diversas
áreas, os profissionais de saúde de todos os níveis, os prestadores de serviços
à comunidade, os profissionais com os mais elevados níveis de educação da nossa
sociedade e todos os outros que os apoiam e que com eles fazem equipa no dia a
dia.
Porque têm o carimbo hediondo de Funcionário Público, não contribuem
para a sociedade, não trabalham, não produzem, não pagam impostos, não merecem
que se perca tempo com eles, não são cidadãos, não vivem sequer. Que, aos dez ou quinze por cento de cada vez,
paguemos a crise, nós os Funcionários Públicos.