Se alguém me acusar de ser sexista só pode ser porque sou feminista,
nunca machista. Sempre admirei a maior resistência, resiliência, sensibilidade,
prudência, inteligência, capacidade de trabalho e capacidade de sacrifício das
mulheres face aos homens e por isso sempre me senti privilegiado por estar em
minoria de género em minha casa, onde a razão entre mulheres e homens é de 4
para 1.
O que não entendo é que num país e num mundo cheios de problemas
verdadeiramente importantes se gasta tempo e dinheiro em discutir se o cartão
de identificação nacional deve manter o nome de “Cartão de Cidadão” ou mudar
para “Cartão de Cidadania” porque a palavra cidadão é sexista e supostamente deixa
de fora as cidadãs.
Para mim os cidadãos são homens e mulheres, não porque eu não seja sexista mas sim porque as regras da gramática assim o dizem. É uma questão linguística. Claro que se pode argumentar que quem estabeleceu as regras gramaticais o fez de um ponto de vista sexista, mas a verdade é não entendo o porquê desta “caça às bruxas” linguística quando o que verdadeiramente importa é a efetiva igualdade de género.
É um tipo de fundamentalismo que não entendo e acho ridículo. Se vamos por aí, daqui a pouco quando formos ao talho teremos que pedir carne de vaca ou boi, de porco ou porca, ou de frango ou franga.